terça-feira, 10 de abril de 2007

Folha em Branco

Sabe o que eu estive notando?
Que não consigo ver uma folha de papel em branco. Paro, olho para ela e acho logo que falta alguma coisa... Aí a minha mão coça... E não consigo ficar parada!
Não importa o tipo de papel e muito menos o tamanho dele. O importante é que de forma alguma esse papel pode continuar assim, em branco.
Na maioria das vezes, procuro algo para escrever... Contos, sonhos, letras de música, confissões... Quando nada sai da minha cabeça, ou quando eu já escrevi tudo que tinha pra escrever, o que é muito difícil de acontecer. Aí eu faço um desenho.
Aqui dentro da minha cabeça tem MUITA coisa! Muitos pensamentos... Tudo acontece ao mesmo tempo... Estou sempre pensando muito rápido e em várias coisas ao mesmo tempo. Por isso é muito difícil que eu não tenha nada pra escrever.
Mas quando eu faço um desenho, é sempre com algum significado... Lógico que pra mim! Para os outros pode até não fazer sentido nenhum... Mas pra mim, diz muito!
Já notaram, mas tenho a certeza de que nunca ninguém parou pra perceber isso de fato. Quando começo a escrever, a minha letra é bem caprichada e bem espalhada, corrida no papel. Vou explicar o porque disso... Logo no início, não sei bem o que, ou sobre o que vou escrever, então escrevo corrido, aproveitando bem o espaço do papel. Mas aos poucos tudo vai se formando na minha cabeça, então começo a achar o papel pequeno demais. E lá se vai a letra corrida e espalhada... E também como estou sempre pensando rápido e minhas idéias vão surgindo umas atrás das outras, lá se vai o capricho na letra também. Mas sinceramente o que importa é o que está escrito e não a forma física disso. Bom assim, no meio do texto eu lembro, quando não, quando não, paro e volto ao início dele. Aí percebo que ele cresceu, desenvolveu e se formou bem... Começou com uma confissão, por não resistir a uma folha em branco, e daí pra frente, vejam quantas coisas já foram escritas. Com tanta facilidade e sem que se perdesse o fio da história, ou seja, sem deixar de ter ligação ou nexo...
Bom... A parte mais difícil é terminá-lo! Tenho muitas coisas a dizer ainda, mas o meu tempo está acabando e eu não quero me prolongar por muito mais. Mas como sou compulsiva assumida quando se trata de escrever. Sei que terminar esse texto vai ser uma tarefa muito difícil pra mim.
Por isso faço mais uma confissão!
Acho que eu devia escrever... Um livro talvez... Descobri mais uma paixão em minha vida! Que já existia antes, mas só agora eu notei e dei a devida importância.
E por aqui termino esse texto bobo... Sem muito sentido de existir, mas pra mim significou muita coisa...
E é esperando secretamente que pra você que está lendo isso, também tenha significado bastante, que eu me despeço!
Até a próxima!

Isabela Fagundes